Foi aprovado nessa semana um convite para que o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), compareça à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal. O convite foi proposto pelo senador Luís Carlos Heinze (PP-RS). De acordo com o político, o objetivo da ação é esclarecer a “politização das provas do Enem de 2023, em especial sobre a discriminação do setor agropecuário, com destaque da região Centro-Oeste e seus habitantes”. 

Indica-se que ainda não existe uma data definida para que o ministro de Estado compareça à comissão. Observa-se, ainda, que em princípio o senador gaúcho buscou aprovar uma convocação do ex-governador do Ceará, porém, a senadora Augusta Brito (PT-CE) sugeriu a alteração para que se aprovasse um convite. A cearense argumentou que Santana não vem se negando a prestar explicações à casa legislativa, Heizi acatou a sugestão da petista. 

Quem também se manifestou a favor da presença de Camilo Santana na comissão foi o senador Sérgio Moro (UB-PR). De acordo com Moro, havia direcionamento ideológico em ao menos três questões da prova. O ex-juiz se referiu exatamente aos questionamentos que abordaram a temática do agronegócio brasileiro. 

Frisa-se que o Ministério da Educação (MEC) já se manifestou sobre essas questões, e de acordo com o MEC não haveria nenhum direcionamento ideológico. A pasta afirmou, ainda, que as questões são retiradas de um banco que vem sendo atualizado desde 2012, e que 86% das perguntas feitas na edição 2023 foram depositadas no banco de questões ao longo do governo Jair Bolsonaro (PL).