O fumo é um dos principais fatores de risco do câncer de boca (Foto: PIXABAY/Divulgação)
Cerca de 760 novos casos de câncer de boca devem ser diagnosticados no Ceará até o fim de 2023, conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Brasil, o instituto prevê o surgimento de 11.180 casos em homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022.
No Ceará, os 25 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) recebem pacientes com suspeita o câncer de boca para consulta, avaliação e biópsia, sem necessidade de prévio agendamento pelo sistema de regulação. Em caso de diagnóstico positivo, os municípios devem encaminhar o paciente para tratamento em um hospital de referência.
Nesta semana, a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) realizou uma capacitação para 160 profissionais de odontologia das unidades básicas de Saúde e dos CEOs estaduais. O treinamento tratou, dentre outros assuntos, da abordagem clínica do câncer de boca durante o diagnóstico e do cuidado com o paciente oncológico.
O câncer de boca é mais frequente em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos. Entre os principais sintomas estão feridas na boca que não cicatrizam em 15 dias, nódulos no pescoço ou rouquidão persistente. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcoólica, é um dos principais fatores de risco.
“Com o diagnóstico precoce temos 95% de chance de cura. Em estágio inicial, o câncer de boca é silencioso e não apresenta sintomas. Assim, a consulta com o cirurgião dentista, a cada seis meses, é o ideal para sua avaliação e prevenção”, alerta o orientador da Célula de Saúde Bucal da Sesa-CE, Nalber Sigian.