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Araripe: bebê prematuro morre após nascer dentro de ambulância por falta de infraestrutura hospitalar
O prefeito de Araripe, Cícero de Deus, declarou que se tratava de um aborto, pois segundo ele, o bebê tinha apenas 4 semanas.
Raiana Lucas
Foto: Reprodução

Por falta de infraestrutura no município de Araripe, um bebê prematuro de seis meses morreu, após nascer em uma ambulância, a caminho de Crato.

No último dia 13, a gestante Janaíne Pereira de Araújo, após sentir dores e sangramento, procurou o Hospital e Maternidade Lia Loiola de Alencar. Na unidade de saúde, Janaíne foi informada pelo médico plantonista que não possuía aparatos para realizar o parto, e que ela iria ser transferida para outra cidade da região que possuísse emergência obstétrica.

Segundo informações, o centro cirúrgico do hospital está fechado há mais de três anos, desde o início do atual governo municipal.

Janaíne sofreu com a espera de uma ambulância, de cerca de 40 minutos, que iria transferi-la para uma unidade hospitalar no Crato. Em entrevista para o Portal News Cariri, ela relatou que a espera pode ter sido decisiva para a morte do bebê.

Durante a transferência para o Crato, a ambulância foi forçada a parar na cidade de Nova Olinda, onde Janaíne deu à luz ao bebê, que até então, respirava normalmente, e seguiu para o hospital de Nova Olinda. No entanto, devido à falta de suporte adequado na unidade, Janaíne passou por mais uma angustiante espera, dessa vez, pela chegada da ambulância do SAMU. Ao chegar no local, os profissionais relataram que não poderiam oferecer os procedimentos adequados para recém-nascidos. Devido às circunstâncias, o bebê faleceu.

Procurado pelo Site Miséria, o prefeito de Araripe, Cícero de Deus, declarou que se tratava de um aborto, pois segundo ele, o bebê tinha apenas 4 semanas. “Foi um aborto, ele não veio a falecer. Foi um aborto”, disse o prefeito. Ainda segundo Cícero de Deus, quem poderia dar mais informações seria o Diretor Clínico do Hospital, Arnaldo Pereira da Silva.

Arnaldo confirmou a informação repassada pelo prefeito. Segundo ele, foi verificado o prontuário da paciente, e o relatório do atendimento, constando que a gestação era de 21 semanas, e que o feto tinha 450 gramas, configurando um aborto. Informou ainda que devido à gravidade do caso, a paciente foi encaminhada para um unidade de saúde especializada, que no caso é o Hospital São Camilo, em Crato.

Sobre o centro cirúrgico da unidade, o diretor esclareceu que o hospital não está credenciado para realizar cirurgias, por ser classificado com uma unidade de saúde de pequeno porte.

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