Paulo Câmara, presidente do BNB. (Foto: Divulgação)
O litoral cearense foi o berço para o nascimento da primeira molécula de hidrogênio do Brasil. Nessa linha, aponta-se que essa escolha não foi aleatória, ela se dá em face da ligação natural da região Nordeste com a conformação de energias limpas e renováveis. Aponta-se que o Operador Nacional do Sistema (OPN) indica o Nordeste como a região que responde pelo maior percentual de geração de energias por meio de fontes não poluentes.
Cabe salientar que o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) tem como objetivo guiar ações que levem a região a seguir liderando esse processo de transformação da matriz energética nacional. O Banco afirma que nos últimos cinco anos efetuou investimentos de mais de R$30 bilhões para garantir caminhos para concretização desse feito. O BNB pondera, ainda, que somente em 2023 serão empenhados mais R$10 milhões para o financiamento e desenvolvimento de projetos no setor de energias renováveis.
Paulo Câmara, presidente do BNB, pontua o compromisso da instituição com ações desta ordem. “O BNB desempenha um papel fundamental na ampliação dos investimentos em energia limpa, e a evolução dos financiamentos para o setor tem sido substancial. Os segmentos eólico e solar representam hoje mais de 70% dos créditos do Banco do Nordeste para energia renovável e estão em expansão. Se compararmos o valor contratado nos primeiros meses do ano passado com os desembolsos desse ano, o crescimento é de 25%”, destacou ele.
No que concerne ao hidrogênio verde, o executivo aponta que trata-se de um combustível do futuro, e que por isso as atenções já estão direcionadas ao seu desenvolvimento. Câmara pondera, também, que todos esses investimentos almejam a mudança da matriz energética nacional, deixando a dependência de combustíveis fósseis.
O Banco também vem atuando em ações de cunho domiciliar, já que a quantidade de recurso apresentado para o custeio da geração de energia em ambiente familiar, ou seja, residencial, cresceu 37% entre os anos de 2021 e 2022. Em valores totais, indica-se que tratou-se de um acréscimo de R$54 milhões.
Todo esse investimento está subsidiado em dados trazidos pelo setor de pesquisa da instituição, e que aponta uma ampliação da capacidade de energia solar nacional em denso crescimento, cerca de 112% ao ano desde 2011. Pontuando sempre, que o Nordeste tem um papel de protagonista neste trajeto, e isso ocorre devido a irradiação solar quase constante e quantidade de ventos em abundância, fazendo da região um polo para a mudança de matriz energética.