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Ceará avança na construção do Plano Estadual para População em Situação de Rua
O encontro aconteceu na Secretaria da Proteção Social, em Fortaleza
Cícero Dantas
Fotos: Mariana Parente

O Ceará avança na criação do primeiro Plano Estadual para a População em Situação de Rua no Brasil. Desenvolvido pela Secretaria da Proteção Social (SPS) em colaboração com o Conselho Estadual de Garantia de Direitos para a População em Situação de Rua e Superação de Rua (Cepop), o plano visa transformar as necessidades identificadas em ações práticas e sustentáveis, oferecendo uma abordagem abrangente para apoiar e promover a superação da população em situação de rua.

A secretária-executiva de Cidadania e Políticas sobre Drogas da SPS, Lidiane Rebouças, ressaltou a importância dos encontros regionais. “Realizamos reuniões em diversas partes do Ceará, como a Grande Fortaleza, Sobral e o Cariri. Esses encontros foram essenciais para entender as necessidades reais da população em situação de rua e construir um plano eficaz para o nosso Estado”, afirmou Lidiane.

A secretária reiterou que a situação de rua resulta de múltiplos fatores e que é essencial fornecer meios para superar essa condição. “Muitos fatores podem levar alguém a estar em situação de rua, mas é fundamental oferecer recursos e suporte para que essas pessoas possam superar essa situação”, disse a secretária-executiva.

Ramon Cardoso, que superou a situação de rua e hoje é representante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR) e conselheiro do Cepop, salienta que, embora tenham ocorrido avanços nos últimos anos, ainda há muito a ser feito. “Embora tenhamos progredido, é necessário continuar aprimorando essas iniciativas e fortalecer a colaboração entre a União, prefeituras e organizações da sociedade civil”, observou Cardoso.

A moradia, considerada a principal demanda desse grupo, é vista como a base sobre a qual outras políticas, como segurança alimentar e saúde mental, podem ser efetivadas. “A nossa principal demanda é por moradia imediata. Sem um abrigo seguro, políticas de segurança alimentar, saúde mental e empregabilidade não podem ser implementadas de forma eficaz. Não adianta apenas oferecer tratamento gratuito no CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) se a pessoa ainda vive na rua”, acrescentou.

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