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Familiares de idoso que morreu após receber descarga elétrica entram com ação contra Enel
Redação
"Não deixar cair em esquecimentos, vamos sim lutar", afirma a filha do aposentado, Aline Almir Gadelha

Os familiares do idoso Ahail Gentil Moura, 83 anos, que morreu após sofrer uma forte descarga elétrica durante a pintura da parede de um prédio residencial no dia 8 de janeiro, no Bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza, decidiram mover uma ação judicial contra Enel Distribuição Ceará, responsável pela manutenção e distribuição da rede elétrica no estado. “Nossos advogados já estão com todos os documentos necessários e todos os laudos que fizemos com os engenheiros. Os advogados já estão entrando contra os responsáveis. Não (vamos) deixar cair em esquecimento, vamos sim lutar”, afirma a filha do aposentado, a cabeleireira Aline Ramos, 27 anos.

No dia do acidente, o idoso estava pintando a parte externa da varanda do seu apartamento, que fica no quarto andar, com um rolo, quando foi atingido pela descarga e caiu na varanda. “Eu o encontrei sentado em um banquinho, olhando para si, sem entender o que estava acontecendo. A pele dele estava toda queimada”, lembra a filha Aline Ramos. Esta foi a segunda vez que o Ahail sofreu uma descarga elétrica por conta do poste. No ano passado, ele teve mãos e antebraço queimados também. O equipamento de alta tensão foi instalado há cerca de dois anos, sem que a família fosse comunicada.

Após o incidente, Ahail passou dois dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto José Frota (IJF), com estado de saúde grave. Ele teve parte do corpo afetada pelo choque necrosada. O aposentado faleceu no dia 13 de janeiro, depois de uma parada cardiorrespiratória. De acordo com Aline, os familiares acreditavam na recuperação do idoso. “Estávamos preparando o quarto para ele quando voltasse, com uma televisão nova, pois a dele queimou com a descarga elétrica”, acrescentou.

No período de chuvas, segundo familiares, os choques ficam mais recorrentes. Os familiares solicitaram à Enel a retirada do equipamento elétrico, mas a empresa não entrou em contato.

A Enel esclareceu, em nota, que os padrões da rede elétrica do local continuam de acordo com as normas técnicas e de segurança. A distribuidora “avaliou o caso e identificou que a rede de alta tensão próxima da casa foi energizada em 2016 e não havia o último pavimento, onde aconteceu o acidente”.

Diário do Nordeste

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