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Golpe dos Precatórios: cearenses faziam vítimas em Santa Catarina e prejuízo chega a R$ 3,5 milhões
Essa é a terceira fase da operação Falso Advogado.
Maurício Júnior
Foto: Reprodução/PCCE

As polícia civis do Ceará e de Santa Catarina deflagraram nesta quinta-feira (22) a terceira fase da operação “Falso Advogado”, que investiga crime de estelionato e fraudes de precatórios. No Ceará, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e localizados 14 alvos da da busca.

De acordo com dado divulgados pelos agentes de segurança em coletiva de imprensa, as vítimas do golpe sofreram um prejuízo de R$ 3,5 milhões.

Os investigados entravam em contato com as vítimas em Santa Catarina e em outros estados, se passando por advogados, e alegavam que tinham recebido ações judiciais de precatórios e que era necessário fazer o pagamento de taxas. Após o pagamento, eles suspendiam o contato com a vítima e a vítima ficava no prejuízo“, explica o titular da Delegacia de Defraudações da Polícia Civil de Santa Catarina, Leonardo Silva.

As autoridades pontuam que o intuito da operação é coletar materiais, como documentos e aparelhos eletrônicos, a fim de subsidiar as buscas e chegar a criminoso que estão por trás do golpe.

Os mandados foram cumpridos em Fortaleza, Pacatuba, Maranguape, Aquiraz, Guaiuba, Caucaia e Maracanaú.

Segundo Leonardo Silva, a investigação iniciou em 2020 com o Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Na época, havia sido descoberto cerca de 50 vítimas, com prejuízo inicial de R$ 100 mil. A primeira fase no Ceará ocorreu em 2022.

Ao decorrer da operação, já foram detectadas 200 vítimas apenas em Santa Catarina. “muito mais vítimas em Santa Catarina” — já somam 200 só no estado — e outras no Espírito Santo, no Paraná, em Minas Gerais e em São Paulo. “Na segunda fase, verificamos que o prejuízo ultrapassou R$ 3 milhões“, afirmou o delegado.

Os investigados acessavam dados de tribunais de Justiça, disponíveis na Internet, para coletar precatórios que seriam pagos e a quem. Em seguida, faziam contato com as vítimas se passando por advogados ou escritórios de advocacia. Eles afirmavam que os precatórios haviam já estavam liberados em vista de deferimento judicial.

Além disso, os criminosos falaram às vítimas que para ela receberem os valores era necessário pagarem alguma taxas, como 10% a 15% do total de precatórios que aquela pessoa tinha a receber.

Eles fraudavam alguns documentos de liberação e, por isso, a vítima acabava acreditando que aquele valor já estava liberado e acabava pagando“, afirmou Leonardo Silva.

Algumas vítimas perderam sozinhas mais de R$ 50 mil, além de fazerem até quatro transferências bancárias para os criminosos.

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