Foto: Guto Vital/Agência Miséria
Policiais militares deflagraram greve em Juazeiro do Norte na noite desta terça-feira (18). Segundo fontes ligadas a Polícia Militar, o motivo da paralização é a insatisfação com o reajuste salarial proposto pelo Governo do Estado.
Desde o início desse mês policias militares se manifestam contra o reajuste salarial. O Ministério Público do Ceará (MPCE) já havia orientado o comandante-geral da Polícia Militar a impedir que os policiais promovessem manifestações que levassem a uma greve no Estado.
E na última segunda-feira (17) o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve a decisão de tornar agentes de segurança pública suscetíveis a prisões em casos de greve e manifestações. De acordo com a Lei Estadual nº 13.729/2006, a sindicalização e a greve são proibidas para os militares cearenses.
No fim da tarde desta terça-feira (18) o Governo do Estado divulgou uma nota oficial informando que “todos os policias envolvidos em atos que configurem crime militar” estão tendo Inquérito Policial Militar (IPM) e Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurados de imediato.
Os policias que abandonarem o serviço também enfrentarão todas as sanções previstas em lei e serão excluídos da folha de pagamento pela Secretaria de Planejamento.
Entre os crimes militares estão:
- Deserção;
- Motim;
- Desacato a superior;
- Revolta;
- Reunião ilícita;
- Prevaricação;
- Organização de grupo para prática de violência.