Foto: José Wagner
Implantada em três municípios do interior do Ceará, a Casa da Mulher Cearense (CMC) se tornou referência para todo o país. Em todo o Brasil, além do Ceará, apenas o Maranhão possui equipamentos estaduais inspirados no projeto da Casa da Mulher Brasileira (CMB). A ministra Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, visitou esta semana as unidades construídas em território cearense, e realizou reunião técnica com a equipe de projetos da Superintendência de Obras Públicas do Ceará (SOP). Segundo a ministra, a ideia é usar o modelo da CMC como base de um novo projeto de enfrentamento à violência contra a mulher.
A Diretora de Projetos de Edificações da SOP, Aline Cordeiro, explica que o projeto da Casa da Mulher Cearense teve como pressuposto a ideia de fazer um equipamento mais enxuto, baseado no modelo nacional, mas que atendesse bem a demanda das cidades-polo do interior. O modelo cearense conta com 1.752,58 m² de área construída, dispondo de espaços dedicados ao atendimento humanizado, multidisciplinar e especializado às mulheres em situação de violência doméstica.
Na Casa da Mulher, a vítima encontra diversos serviços especializados no combate à violência de gênero, como Delegacia, Juizado Especial, Atendimento Psicossocial, Ministério Público e Defensoria Pública, além de estruturas de apoio, como refeitório, auditório e estacionamento.
O Ceará possui uma Casa da Mulher Brasileira, em Fortaleza, e três Casas da Mulher Cearense, onde são prestados assistência psicossocial e jurídica à população feminina vítima de violência doméstica nas cidades de Juazeiro do Norte, Sobral e Quixadá. Estão sendo construídas mais três novas unidades nos municípios de Tauá, Crateús e Iguatu, que devem ser entregues até 2024. Os investimentos nas três obras juntas chegam a aproximadamente 12 milhões de reais.
De janeiro a julho de 2023, as CMCs no interior e a CMB em Fortaleza já realizaram 44.509 atendimentos, confirmando a importância desses equipamentos como ferramentas de combate a violência contra a mulher.