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Os pedidos de seguro-desemprego no Ceará aumentaram 64,2% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ao todo, foram 32.934 pedidos registrados no período, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT).
A instituição observa que o aumento dos pedidos pode estar associada à pandemia do coronavírus e que segue a tendência observada em abril (26.204 pedidos), quando houve um incremento de 33,8% ante abril de 2019. Já na passagem de abril para maio deste ano, o aumento de pedidos foi de 25,6%.
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De acordo com o IDT, em maio, as habilitações ao seguro-desemprego do Ceará injetaram R$ 78,4 milhões na economia cearense. Os dados, divulgados nesta terça-feira (17), são do Ministério da Economia.
De 2 de março a 5 de junho, 106.176 trabalhadores foram atendidos pelo IDT. O número corresponde a atendimentos presenciais, na primeira metade de março e aos acessos feitos pelos canais de atendimento virtual e por telefone, feitos desde então.
Em maio, o número de pedidos de seguro-desemprego no País deu um salto de 53%, na comparação com o mesmo período de 2019. foram registradas 960.258 solicitações da assistência do governo a pessoas demitidas sem justa causa. No mesmo mês de 2019, o número foi de 627.779.
O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa causa. O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
Solicitação
A pessoa demitida tem quatro meses de prazo para requerer o auxílio no Sine, no portal “gov.br” ou no aplicativo de celular “Carteira de Trabalho Digital”.
O Ministério da Economia afirma que, uma vez feita a solicitação pelo trabalhador, não há fila de espera para concessão do benefício. Membros do governo apontam que a medida colocada em vigor em abril que permite corte de jornadas e salários está surtindo efeito. Sem ela, dizem, o número de demissões durante a crise seria muito maior.
O programa autoriza empresas a fazerem acordos com seus funcionários para suspender integralmente contratos por até dois meses ou para reduzir jornadas e salários por até três meses.
Nesses casos, o governo entra com uma compensação em dinheiro para os trabalhadores atingidos. Até meados de maio, cerca de 8 milhões de trabalhadores formais tiveram contratos suspensos ou salários e jornadas reduzidos.
Diário do Nordeste