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A inteligência artificial vai roubar meu trabalho?
Com a popularização de ferramentas como o Chat gpt muita gente se questiona sobre a automatização das profissões.
Yanne Vieira
Foto: Pixabay

O avanço da tecnologia tornou a vida mais prática, e isso se aplica em todos os âmbitos sociais, desde a comunicação até áreas como educação e saúde. Um dos exemplos mais recentes foi o desenvolvimento em tempo recorde da vacina contra a covid-19.

Com a popularização de ferramentas como o Chat gpt muita gente se questiona sobre a automatização das profissões. Mas será mesmo que a inteligência artificial pode substituir o ser humano?

Perguntamos ao próprio chat GPT e obtivemos a seguinte resposta, “embora a IA possa automatizar muitas tarefas rotineiras e repetitivas, isso não significa necessariamente que ela vá “roubar” o trabalho dos humanos.”

O programa de inteligência artificial respondeu que a IA também pode criar novas oportunidades de emprego e que pode “ser poderosa em tarefas específicas, mas ainda não pode replicar a versatilidade e a capacidade cognitiva dos seres humanos”.

Foto: Ilustrativa

Para o professor de computação da Universidade Federal do Cariri (UFCA) Nelson Carvalho Sandes, a inteligência artificial é importante para solucionar problemas em diversas áreas como astronomia, economia e marketing. Entre eles, o professor cita o auxílio da tecnologia para encontrar novas galáxias, detectar transações bancárias fraudulentas e sugerir produtos para clientes.

Em relação a substituição do homem pela máquina, o professor reforça, “depende do avanço da ciência, da área de inteligência artificial […] fica muito difícil prever se, ou quando, os humanos serão substituídos pela inteligência artificial”, pontua.

Mas essa preocupação já existe há tempos e com outras ferramentas, é o que afirma a jornalista e designer Júlia Marques, “por exemplo, o Canva substitui o trabalho de um designer para um empreendedor pequeno que não tem como investir e que quer estar nas mídias digitais”, explica.

“Mensagens subliminares, detalhes, pequenas modificações que o ser humano consegue aplicar [nos designs] na máquina você perde isso […] perde personalidade e identidade”, afirma Júlia.

IA em ação

Nesta semana, um canal de televisão no Kuwait foi ao ar com a apresentadora de notícias “Fedha”, gerada pela IA. Na plataforma do Twitter, a ação dividiu opiniões. Parte dos comentários, especialmente de jornalistas, se posicionaram contra essa implementação e afirmaram que a “apresentadora” não entrega as notícias de uma maneira envolvente. Por outro lado, alguns relatos reforçam que a IA pode evitar erros e tornar o jornalismo imparcial.

Foto: Crédito: Yasser Al-Zayyat/AFP

Os dois lados da ‘Inteligência’

Apesar do sério risco de substituição, Júlia pontua que toda tecnologia precisa ser avaliada em relação aos benefícios e malefícios, em especial a propagação de fake news, segurança de dados e homogeneização dos conteúdos.

Nelson também acredita que é necessário analisar as criações, especialmente o chat gpt, que “ainda fornece muitas informações imprecisas ou erradas, apesar de ajudar na produtividade, sempre tem que ter uma curadoria”, finaliza.

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