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As irmãs Maria da Conceição Alves dos Santos, 41, e Francisca Fernanda Alves dos Santos, 43, não tiveram em suas vidas a presença do pai biológico. Nunca conheceram o genitor. No entanto, um homem chamado João Manoel acolheu as irmãs e recebeu o título de pai do coração.
Ainda na infância, em Fortaleza, a mãe das crianças, à época, se viu desamparada tentando sustentar as meninas. A madrinha das crianças, esposa de João, decidiu, então, adotar as meninas. Maria com apenas 4 meses de vida e Fernanda com 2 anos de idade, foram morar com os pais adotivos.
A partir de então, ambas conheceram o amor. Fernanda conta que João era um pai dedicado. A confeiteira recorda dos momentos vividos e lembra de detalhes que fizeram toda a diferença na construção do caráter das filhas de coração.
João Manoel trabalhava como vigia no período da noite. Chegava em casa pela manhã. “Lembro de acordar e ver meu pai preparando nosso café para irmos à escola”, conta Fernanda. “Um pai carinhoso, amoroso e dedicado”, recorda.
Diante de todo o cuidado, Maria e Fernanda relatam que a presença do pai biológico nunca fez falta. “A gente considera ele como nosso pai, que foi quem esteve presente”, afirmam. Aos 18 anos, Fernanda trocou a capital por Juazeiro do Norte, mas o pai adotivo permaneceu presente na vida dela.
Porém, há sete anos, João Manoel faleceu devido a complicações do alzheimer. “Hoje ele serviria de exemplo para outros pais. A gente tinha orgulho dele e ele da gente”, conta. Para a filha, não importa quem a deu a vida. “Importa quem gerou no coração”. Desde a partida do pai adotivo, as irmãs Fernanda e Maria lembram do legado dele. “Se existe um nome para o amor, esse nome é João Manoel”.