Os casos de covid-19 tiveram um aumento significativo entre os últimos dias 19 e 25 de novembro no Ceará, conforme levantamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Apenas nesse período, 716 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Ainda neste mês, do dia 12 a 18, foram registrados 247 casos. Os dados são resultado de exames RT-PCR e de testes rápidos realizados em todo o Estado.

O Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) realizou 577 testes RT-PCR para covid-19, na semana de 19 a 25 de novembro, resultando em 156 casos positivos, o que representa 21,3%.

O secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto (Tanta), analisa que o aumento da infecção pode estar relacionado à circulação da EG.5 (variante Eris). “A variante Eris é capaz de driblar a memória imunológica e provocar infecção respiratória ou síndrome gripal. Esse é o cenário que provavelmente está se configurando ao longo do mês de novembro”, explica.

A pasta reitera que a principal forma de evitar os casos de covid-19 é estar em dias com o calendário vacinal, ou seja, é extremamente essencial a população se vacinar contra a doença, pois só assim há garantia de proteção contra as novas variantes. “A última atualização da vacina, com a bivalente, induz a produção de anticorpos capazes de neutralizar com mais eficiência a transmissão do vírus, uma vez que incorpora as novas variantes da doença predominantes no Brasil e em todo o mundo”, destaca Antonio Lima.

Tanta também reforça que o Ceará dispõe de vacinas e testes para garantir a proteção e diagnóstico da covid-19. “O abastecimento de testes e vacinas contra a covid-19 está regularizado em todo o Ceará”, aponta.

Os imunizantes são disponibilizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos Vapt Vupt, mediante agendamento. O esquema vacinal deve ser feito de acordo com a faixa etária da pessoa, sendo indicada a partir dos seis meses de vida. Ao receber a vacina, é necessário apresentar documentação original de identidade com foto e, caso tenha, comprovante de vacinação anterior.

O secretário ainda afirma que as medidas de prevenção contra a doença continuam. “As medidas de prevenção não devem ser negligenciadas. Apesar da flexibilização do uso de máscaras, o equipamento de proteção continua sendo recomendado”, disse.