Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que os desempregados brasileiros estão em média há um ano e meio sem trabalho formal. O dado é três meses a mais do que apontou o levantamento realizado em 2020.

As mulheres são as mais afetadas pelo desemprego (53%), enquanto 47% são homens. A média de idade é de 33 anos, mas a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (32%), seguidos de pessoas entre 25 e 34 anos (29%).

Considerando o nível de renda, verifica-se que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes C, D e E (97%), enquanto apenas 3% estão nas Classe A e B. A renda média é de 1,7 salários-mínimos, ou R$ 2.060, sendo R$ 606 menor que 2020.

A pesquisa também mostra que 64% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, um aumento de 13 pontos percentuais em comparação a 2020. 

As justificativas destacadas pelos entrevistados apontam que para eles o mais importante no momento é arrumar emprego para pagar as despesas (35%), voltar ao mercado de trabalho (17%) e a percepção de que é mais fácil conseguir um emprego melhor estando empregado (11%).

Os desempregados que realizam trabalho temporário conseguem gerar, em média, R$850,10 por mês. Esse valor médio é 30% inferior ao salário-mínimo vigente, de R$ 1.212,00. A grande maioria (90%) dos desempregados que realiza trabalho temporário considera essa atividade como, de fato, um bico até arrumar um emprego ou abrir seu negócio.

A pesquisa foi realizada com desempregados residentes nas 27 capitais do Brasil, com idade igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos, todas as classes sociais, e que buscam uma nova oportunidade de trabalho. O método da pesquisa foi presencial com amostra de 600 casos e margem de erro de 4 pontos percentuais para um intervalo de 95% de confiabilidade.

Com informações da CDL