Compartilhar
Publicidade
Publicidade
“Eu não tomei vacina”, diz Bolsonaro após ser alvo de ação da PF que investiga adulteração em cartões de vacinação
O ex-presidente foi vítima de uma ação policial na manhã de hoje (3). A PF investiga uma possível adulteração nos registro de vacinação de Bolsonaro e de sua filha mais nova, Laura, de 12 anos.
Paulo Junior
Foto: Reuters

Após ser alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista à Rádio Jovem Pan. Na entrevista, o político afirmou que não houve adulteração de seu cartão de vacinação, pois ele não teria tomado a vacina. “Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final, nunca neguei isso”, afirmou Bolsonaro.

Pontua-se que na manhã desta quarta-feira (3), a casa do ex-presidente foi alvo de uma busca e apreensão determinada pelo ministro do Supremo tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A ação foi definida no âmbito do inquérito das milícias digitais, e apontam para uma possível alteração dos cartões de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura, de 12 anos. Segundo informações até o momento divulgadas, a fraude nos cartões de vacinação teria ocorrido em 21 de dezembro, dias antes de Bolsonaro embarcar para os Estados Unidos, onde ficou por três meses.

Salienta-se que, no país americano existe limitação de acesso, ou seja, o país exige que turistas apresentem comprovação de imunização contra Covid-19. Porém, Bolsonaro alegou, também durante entrevista, que seu cartão de vacinação nunca foi solicitado para acessar local nenhum.

A Polícia Federal indicou que o celular do ex-presidente foi apreendido durante a operação desta quarta-feira. Explica-se, ainda, que o político deveria ser ouvido pela PF, contudo, teria se recusado a prestar depoimento sobre o caso de adulteração dos cartões vacinais.

Prisões

A ordem expedida por Alexandre de Moraes decretou a prisão de seis pessoas, entre elas o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid. A prisão de Cid é preventiva, portanto, o despacho do ministro do STF considera que livre ele poderia danificar provas e evidencias.

Outros cinco suspeitos também foram detidos:

  • sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid;
  • ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros;
  • policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial;
  • militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro;
  • secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

Condutas investigadas 

De acordo com a Polícia Federal, as condutas sob investigação tendem a enquadrar-se em quatro espectros criminais:

  • infração de medida sanitária preventiva;
  • associação criminosa;
  • inserção de dados falsos em sistemas de informação;
  • corrupção de menores.
Compartilhar
Comentar
+ Lidas
Publicidade