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Grupos de comunicação mudam política de cobertura em massacres
O primeiro a comunicar a revisão foi o Grupo Globo, que não irá mostrar vídeos, fotos ou identificar o responsável por esses atos.
Paulo Junior
Willian Bonner anuncia no Jornal Nacional a mudança. Foto: Reprodução

Diante da quantidade de casos de extremismo ocorridos nos últimos meses, e em sua maior parte atingindo crianças e jovens, grandes grupos de comunicação do país reavaliaram seus métodos de cobertura para estas situações. O primeiro conglomerado a anunciar a revisão foi o Grupo Globo, o maior da América Latina, que passará a não divulgar vídeos, fotos ou a identidade dos responsáveis por esse tipo de ataque. 

A ação do conglomerado acontece após um jovem de 25 anos invadir uma creche, em Santa Catarina, e matar quatro crianças. O Grupo Globo detém marcas importantes do jornalismo brasileiro, entre elas: TV Globo, Jornal O Globo, Portal G1, Jornal Valor Econômico e Rádio CBN. 

Após o anúncio anteriormente expresso, outros conjuntos midiáticos também revisaram seus padrões. O Grupo Bandeirantes, o Estado de São Paulo e o Grupo O Povo de Comunicação foram alguns dos que comunicaram oficialmente a nova política. Dessa forma, eles também passam a não exibir fotos ou vídeos dos massacres, bem como também não irão identificar o responsável pelos atos. 

A Folha de São Paulo não se manifestou oficialmente sobre adequação de seu método, contudo, em nenhum momento identificou o responsável pelo ato ocorrido em Santa Catarina. 

Aponta-se que a revisão leva em consideração estudos recentes ligados à comunicação e violência. Segundo estes, os responsáveis por esses massacres buscam exatamente essa ‘fama’, por mais momentânea que ela seja, além do fato de que a exposição de vídeos pode ensejar um possível efeito cascata, com novos casos sendo verificados país afora. 

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