Foto: Raul Santana/Fiocruz
Na busca para combater a infecção pelo Zika vírus em gestantes, que pode causar microcefalia em bebês, o Instituto Butantan está desenvolvendo um imunizante, composto pelo vírus inativado, que é considerada a forma ideal e mais segura para aplicação em grávidas. Estudos realizados em animais mostraram que a vacina gerou anticorpos neutralizantes contra o Zika.
Os testes pré-clínicos de segurança estão previstos para agosto de 2024. Neles serão verificados a tolerabilidade e possíveis reações adversas.
O diretor do Laboratório Multipropósito, Renato Mancini Astray, um dos responsáveis pelo projeto, explica que o imunizante precisa ter um perfil de segurança muito alto, por ter como público-alvo mulheres grávidas. Os pesquisadores utilizam técnicas consideradas clássicas para produção, junto com o hidróxido de alumínio, responsável por potencializar a resposta e ajudar a mantê-la a longo prazo no organismo. Esses métodos são considerados os mais seguros pela comunidade científica.
Os estudos para desenvolvimento da vacina estão sendo realizados desde 2015, quando o Brasil enfrentou uma epidemia do Zika Vírus, onde foram registrados cerca de 1.900 casos de microcefalia em bebês, segundo o Ministério da Saúde.
Atualmente, há dois imunizantes de farmacêuticas estrangeiras sendo estudados em pacientes para combater o Zika Vírus. Eles estão nas fases 1 (de análise de segurança) e 2 (de análise de imunogenicidade, ou seja, capacidade de induzir anticorpos) de ensaio clínico.