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Na última década, 2 em cada 10 mortes de defensores do meio ambiente aconteceram no Brasil
Somente no ano passado, o Brasil teve 26 mortes de ativistas por direitos ambientais e fundiários
Yanne Vieira
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Nos últimos 10 anos, 1.733 mortes brutais de defensores da terra e do meio ambiente foram registradas globalmente. O Brasil é um dos países com maior número de assassinatos, com 342 casos, representando 2 em cada 10 assassinatos. Os dados foram mapeados pela ONG Global Witness e divulgados na última quarta-feira (28).

No Brasil, mais de 85% dos assassinatos de ativistas ambientais registrados entre 2012 e 2021 aconteceram na região Amazônica, e de acordo com os dados, a maior parte foram de indígenas ou negros.

Somente no ano passado, o Brasil teve 26 mortes de ativistas por direitos ambientais e fundiários, ficando atrás apenas do México com 54 assassinatos e Colômbia com 33. No mundo todo foram 200 assassinatos registrados.

Entre os casos onde foi possível identificar a motivação do conflito, as disputas que mais causaram mortes em 2021 foram aquelas ligadas à mineração, com 27 casos, usinas hidrelétricas, 13 casos e agronegócio 5 casos.

A Global Witness explicou que esses dados podem estar subnotificados, já que o registro de casos de violência contra ativistas costuma ter falhas, especialmente em países mais pobres.

“As evidências também mostram que os dados sobre assassinatos não captam a verdadeira escala do problema […] As restrições à liberdade de imprensa e a falta de monitoramento independente em muitos deles geralmente levam à subnotificação. Disputas de terras e danos ambientais também podem ser difíceis de monitorar em partes do mundo afetadas por conflitos”, destacou a entidade.

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